The Un-thinkable
Sobre literatura, músicas e filmes...um pouco sobre mim!
domingo, 26 de abril de 2015
Tiramisu
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
O Trem se vai na noite sem estrelas...
Quando suas lembranças e seu coração tentam desesperadamente te convencer que talvez você esteja errada e tudo seja apenas uma forma pessimista de ver a situação, como você faz pra pensar racionalmente?
E se pensar racionalmente não for a solução? Mas como não pensar racionalmente algo tão definitivo na vida? É possível racionalizar o amor? E se o que você acredita que seja amor na verdade não seja...???
Será que pensar racionalmente um sentimento tá errado?
Ei, vocês!É!Vocês que sabem tudo da vida, vocês que tem resposta pra todas as perguntas...e então?
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Mudanças começam com um sussuro…
Hoje assisti ao filme The Help (Histórias Cruzadas) e fiquei encantada com o fascinante enredo. É do tipo que te prende, uma belíssima e otimista história.
Bom, na verdade o filme surgiu a partir de um romance com o mesmo nome escrito por Kathryn Stockett e que já foi publicado em 35 países. O livro trata da vida de empregadas domésticas afro-americanas que trabalham em "casas brancas" em Jackson, Mississippi durante o início dos anos 1960.Foi escrito por Kathryn como homenagem a Demetrie, a empregada negra que foi seu porto seguro em uma infância fraturada pelas separações e ausências dos pais.
O livro foi publicado no Brasil pela Editora Bertrand Brasil com o nome A Resposta.
Capa do Livro escrito pela norte-americana Kathryn Stockett
A adaptação cinematográfica do livro teve estreia em agosto de 2011 e aí vai a sinopse…
• Sinopse: Mississipi, década de 1960. Skeeter acabou de terminar a faculdade e sonha em ser escritora. Ela põe a cidade de cabeça para baixo quando decide pesquisar e entrevistar mulheres negras que sempre cuidaram das "famílias do sul". Apesar da confusão causada, Skeeter consegue o apoio de Aibileen, governanta de um amigo, que conquista a confiança de outras mulheres que têm muito o que contar. No entanto, relações são forjadas e irmandades surgem em meio à necessidade que muitos têm a dizer antes da mudança dos tempos atingir a todos.
Opnião Pessoal
O enredo é cativante! Trata da história dos negros no Mississipi sem abranger a perspectiva violenta tão conhecida e comum em outras histórias sobre a situação dos negros nesse estado. O enredo foca nas relações de “afeto e a intimidade enterrados sob as ligações domiciliares aparentemente impessoais", como citou o jornal The New York Times.
No filme é possível ver como eram as relações entre os patrões brancos e as empregadas negras, o preconceito discarado e o afeto secreto. O ponto alto para mim foi a coragem demonstrada pelas negras!
Mas não achem que se trata de um filme só com cenas tristes e melancólicas…vocês podem rir muito!
Assistam e entendam porque…RECOMENDO!
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Enquanto você se esforça pra ser….
Minha ansia de escrever cresce um pouquinho mais a cada dia! Muitas coisas na cabeça, mas nada atrai o papel…Preciso de conselhos de escritora pra encontrar inspiração!
Quando se escreve tudo se torna mais fácil, uma dor, o amor, o dia-a-dia, o mundo…a muito não consigo externar o impensável!
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Série Poesias III
Eu vi-a e minha alma antes de vê-la
Sonhara-a linda como agora a vi;
Nos puros olhos e na face bela,
Dos meus sonhos a virgem conheci.
Os mesmos olhos só nadando em luz,
E uns doces longes, como dum desgosto.
Toldando a fronte que de amor seduz!
Como a palmeira que se ergue ao ar,
Como a tulipa ao pôr-do-sol saudoso,
Mole vergando à viração do mar.
Quando a minha alma transbordava em fé;
E nesta eu creio como na outra eu cria,
Porque é a mesma visão, bem sei que é!
Soltas as tranças junto a mim dormir;
E era bela, meu Deus, assim sozinha
No seu sono d'infante inda a sorrir!...
Vi-a e não vi-a! Foi num só segundo,
Tal como a brisa ao perpassar na flor,
Mas nesse instante resumi um mundo
De sonhos de ouro e de encantado amor.
E minha imagem nem sequer guardou,
Qual se reflete sobre a flor dum lago
A branca nuvem que no céu passou.
Quase indolente, não me viu, ai, não!
Mas eu que sinto tão profunda a chaga
Ainda a vejo como a vi então.
No altar erguida, já cabido o véu!
Que olhar de fogo, que a paixão instiga?
Que níveo colo prometendo um céu.
Vi-a e amei-a, que a minha alma ardente
Em longos sonhos a sonhara assim;
O ideal sublime, que eu criei na mente,
Que em vão buscava e que encontrei por fim!
P'ra ti, formosa, o meu sonhar de louco
E o dom fatal, que desde o berço é meu;
Mas se os cantos da lira achares pouco,
Pede-me a vida, porque tudo é teu.
Se preito queres - eu te caio aos pés,
Se rires - rio, se chorares - choro,
E bebo o pranto que banhar-te a tez.
E desses olhos um volver, um só;
E verás que meu estro, hoje rasteiro,
Cantando amores s'erguerá do pó!
Sobre este peito cuja voz calei:
Pede-me um beijo... e tu terás, querida,
Toda a paixão que para ti guardei.
Virgem, terás o que ninguém te dá;
Em delírios d'amor dou-te a minha alma,
Na terra, a vida, a eternidade - lá!
Se tu, oh linda, em chama igual te abrasas,
Oh! não me tardes, não me tardes, - vem!
Da fantasia nas douradas asas
Nós viveremos noutro mundo - além!
Vida bebendo nos olhares teus;
E como a garça que levanta o vôo,
Minha alma em hinos falará com Deus!
As nossas almas uma só serão;
E a fronte enferma sobre o teu regaço
Criará poemas d'imortal paixão!
É grande e belo como é grande o mar,
E doce e triste como d'harpa um canto
Na corda extrema que já vai quebrar!
Sou como o lírio que já murcho cai!
Ampara o lírio que inda é tempo hoje!
Orvalha o lírio que morrendo vai!...
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Série Poesias
“A valsa” tem, como tema central, um sujeito lírico que observa uma donzela bailar pelo salão. Os versos do poema são constituídos por duas sílabas métricas. Como bem elenca Norma Goldstein (2006, p. 29), “nesse tipo de verso, o acento cairá necessariamente sobre a última sílaba, antecedida por uma sílaba breve (não-acentuada)”.
Na- VAL (sa)
Can- SAS (te)
Fi- CAS (te)
Pros- TRA (da)
Tur- BA (da)
A metrificação do poema, dessa maneira, contribuí, decisivamente, para trazer à tona o modo ligeiro de como a valsa é apresentada e dançada pela moça. Nos versos explicitados acima, percebe-se que a moça observada pelo eu-lírico, devido ao ritmo frenético da dança, acabará, extremamente, cansada. (Texto tirado de http://www.literaturaemfoco.com/?p=3344)
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Série Poesias
Dizer-to os lábios meus, — mais do que vale
Cantar a voz do trovador cansada:
O que é belo, o que é justo, santo e grande
Amo em ti. — Por tudo quanto sofro,
Por quanto já sofri, por quanto ainda
Me resta de sofrer, por tudo eu te amo.
O que espero, cobiço, almejo, ou temo
De ti, só de ti pende: oh! nunca saibas
Com quanto amor eu te amo, e de que fonte
Tão terna, quanto amarga o vou nutrindo!
Esta oculta paixão, que mal suspeitas,
Que não vês, não supões, nem te eu revelo,
Só pode no silêncio achar consolo,
Na dor aumento, intérprete nas lágrimas.
————
De mim não saberás como te adoro;
Não te direi jamais,
Se te amo, e como, e a quanto extremo chega
Esta paixão voraz!
Se andas, sou o eco dos teus passos;
Da tua voz, se falas;
O murmúrio saudoso que responde
Ao suspiro que exalas.
No odor dos teus perfumes te procuro,
Tuas pegadas sigo;
Velo teus dias, te acompanho sempre,
E não me vês contigo!
Oculto e ignorado me desvelo
Por ti, que me não vês;
Aliso o teu caminho, esparjo flores,
Onde pisam teus pés.
Mesmo lendo estes versos, que m'inspiras,
— "Não pensa em mim", dirás:
Imagina-o, se o podes, que os meus lábios
Não to dirão jamais!
————
Sim, eu te amo; porém nunca
Saberás do meu amor;
A minha canção singela
Traiçoeira não revela
O prêmio santo que anela
O sofrer do trovador!
Sim, eu te amo; porém nunca
Dos lábios meus saberás,
Que é fundo como a desgraça,
Que o pranto não adelgaça,
Leve, qual sombra que passa,
Ou como um sonho fugaz!
Aos meus lábios, aos meus olhos
Do silêncio imponho a lei;
Mas lá onde a dor se esquece,
Onde a luz nunca falece,
Onde o prazer sempre cresce,
Lá saberás se te amei!
E então dirás: "Objeto
Fui de santo e puro amor:
A sua canção singela;
Tudo agora me revela;
Já sei o prêmio que anela
O sofrer do trovador.
"Amou-me como se ama a luz querida,
Como se ama o silêncio, os sons, os céus,
Qual se amam cores e perfume e vida,
Os pais e a pátria, e a virtude e a Deus!"
É um dos meus poemas favoritos!Lindíssimo!Um dos livros dos quais eu não me disfaço, infelizmente!
Infelizmente porque livros devem ser repassados, devem ter fácil acesso, a leitura deve ser difundida e livros devem ser compartilhados!
Assim acredito...
Mas meus livrinhos de poesias são minhas paixões, meus xodós!Já estão todos velhinhos, coitados, rasgados, com as páginas caindo...mas ainda são meus preferidos!=)
Meus companheiros nos melhores e piores momentos!